Tecer considerações sobre livros e autores a partir da literatura produzida para crianças e jovens no Brasil. Os textos deste espaço estão disponíveis para pesquisa; devendo-se, em caso de citação, indicar a fonte, conforme a legislação em vigor: LEI Nº 9.610
sábado, 31 de janeiro de 2009
João Pessoa – onde o sol nasce primeiro.
(Neide Medeiros Santos – crítica literária FNLIJ/PB)
extremo Cabo Branco
estranho trampolim
ao contemplar o Atlântico
o mar mergulha em mim.
(Lúcio Lins. Cabo Branco).
A Editora Cortez, com a “Coleção Nossa Capital”, vem desenvolvendo um projeto que objetiva tornar mais conhecidas as capitais brasileiras. José Xavier Cortez, um norte-riograndense radicado em São Paulo, e o editor Amir Piedade são os responsáveis por esse ambicioso projeto que deu certo. Prefeituras de algumas capitais, e Cortez cita como exemplo Recife e Fortaleza, compraram exemplares dos livros que falam sobre essas cidades para distribuir com os alunos da rede pública municipal. É uma coleção didática e lúdica.
Elaine Nunes, Gerente de Marketing da Editora Cortez, informou que já foram publicados 19 títulos referentes às capitais brasileiras e até o final de junho deverão sair mais dois títulos. Acredita-se que dentro de mais um ano a coleção esteja completa.
João Pessoa – onde o sol nasce primeiro, com texto do historiador José Octávio de Arruda Melo e ilustrações de Sóter Carreiro, teve lançamento no início do mês de maio e exemplares do livro estavam no stand da Cortez, durante o 10º. Salão do Livro, no Rio de Janeiro, em fins de maio do corrente ano. É um dos livros mais bonitos da coleção – orgulho para os pessoenses e para os autores do livro.
Aquarelas saídas do pincel colorido de Sóter Carreiro e excelentes fotografias dos recantos mais pitorescos da capital paraibana emolduram a história da cidade que é contada pelo historiador José Octávio.
Do nascedouro da cidade – entre o mar e o rio Sanhauá – desfila, diante dos olhos dos leitores mais desatentos, um texto enxuto e bem escrito, ilustrado com paisagens que encantam a todos os amantes da natureza. O “verde que está no ar”, nos versos do poeta Jomar Morais Souto, é realçado pelas bonitas aquarelas de Sóter Carreiro. Parece que o sonho de Sóter é transformar a cidade em um canteiro verde de árvores e de flores, ele coloca verde onde existe e onde a sua imaginação alcança.
Será que o leitor sabe todos os nomes que foram dados à cidade de João Pessoa? Inicialmente Nossa Senhora da Neves, depois com o domínio dos espanhóis a cidade passou a se chamar Felipéia de Nossa Senhora das Neves. Alguns anos mais tarde, os holandeses mudaram para Frederica. Com a expulsão dos holandeses em 1654 tornou-se Parahyba, como capital da capitania. Em setembro de 1930, em homenagem a João Pessoa, passou a chamar-se João Pessoa, nome que perdura até hoje.
A capital paraibana é considerada uma das mais verdes do mundo, isso se deve às reservas florestais que cercam a cidade – as matas do Buraquinho, Simões Lopes e Amém.
Quando chega dezembro, os paus-d´arco do Parque Sólon de Lucena enfeitam a paisagem. Não é necessário armar árvores artificiais de Natal, a natureza, com o amarelo dourado das flores, veste e ornamenta a cidade. Turistas de várias partes do Brasil e do exterior ficam deslumbrados com esse recanto salpicado de pontos amarelos.
João Pessoa – onde o sol nasce primeiro é um livro indicado para as crianças em idade escolar. Como documento histórico, traz um breve relato da vida social e econômica da cidade; como projeto artístico e fotográfico, dá uma bela visão da cidade e do seu “entorno”, para utilizar uma expressão cara ao artista plástico Nivalson Miranda.
Ainda uma perguntinha para o leitor: você sabe qual é o hino da cidade de João Pessoa? Todos gostam de ouvi-lo e consideram mesmo que “Meu sublime torrão”, do compositor Genival Macedo, é o verdadeiro hino da cidade. Mediante Lei Municipal 1.001, de 10 de março de 1972, aprovada pela Câmara Municipal, na gestão do prefeito Dorgival Terceiro Neto, “Meu sublime torrão” passou a ser considerado o Hino popular da cidade de João Pessoa.
A letra da música “Meu sublime torrão”, o brasão da cidade e a bandeira de João Pessoa se encontram no verso interno da capa do livro. A capa (frente e verso) é uma aquarela que retrata os tons verdes dos parques e das praças, torres de igrejas acinzentadas pela oxidação do tempo e telhados marrons que dão um toque de coisa antiga.
João Pessoa – onde o sol nasce primeiro é um livro indicado para o publico infanto-juvenil. É uma leitura que recomendamos para todos aqueles que gostam de João Pessoa, independente da faixa etária.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário