sexta-feira, 19 de junho de 2015

Bons livros para crianças

BONS LIVROS PARA CRIANÇAS
(Neide Medeiros Santos – Leitora Votante FNLIJ/PB)

            O papel da literatura nos primeiros anos é fundamental para que se processe uma relação ativa entre falante e língua.
            (Lígia Cademartori. O que é literatura infantil).

            Todos os anos, a revista CRESCER (Ed. Globo) seleciona os 30 Melhores Livros Infantis do Ano. O processo seletivo começa no mês de fevereiro. Especialistas e apaixonados por literatura infantil de todo o Brasil, escolhidos por jornalistas da revista, elegem os 30 melhores títulos publicados no decorrer do ano.

            Há quatro anos, é atribuído o troféu Monteiro Lobato ao escritor ou ilustrador que mais se destacou na área dos livros infantis. Em 2015, este prêmio foi conquistado por Lúcia Hiratsuka, autora do belíssimo livro “Orie” (Ed. Pequena Zahar, 2014), já comentado em nossa coluna. Este livro também ganhou o prêmio de Melhor Livro para Crianças da FNLIJ - 2015.

            A respeito do trabalho de escritora e ilustradora de Lúcia Hiratsuka, Eva Furnari assim se expressou:
            Ao longo da carreira, a Lúcia foi se aproximando de sua essência, de suas raízes. Sua obra tem emoção e essa é uma grande qualidade de seu trabalho. Seguramente, não temos outra como ela.
            (Eva Furnari, professora da USP, escritora e ilustradora. Revista Crescer, junho de 2015, p. 87).

            Os livros que integram a lista dos 30 Melhores são agrupados por temas. Medo, raiva, amizade, tristeza, saudade são temas importantes e devem estar presentes em livros para crianças.

            A poesia não pode ser esquecida e os versos que emocionam, divertem, rimados ou não, devem figurar nas leituras das crianças.

            O livro que instiga o leitor a brincar com o próprio livro é um atrativo que leva a interação criança/livro. O mundo do faz de conta, o convite à fantasia e à imaginação são elementos integrantes do mundo infantil.

            Livros que ajudam a entender como se relacionar com a natureza, as pessoas. Saber conviver fraternalmente com a sociedade é outro tema presente no mundo do pequeno leitor.

            Nesse universo diversificado de livros para crianças, é necessário que exista humor, livros que provoquem o riso, mas não se devem descartar os clássicos e as obras consagradas, como “Alice no país das maravilhas” e os livros de Lobato.

            Cada livro selecionado vem acompanhado de uma breve resenha crítica com indicação da faixa etária.

            Com o objetivo de auxiliar pais e professores na escolha de livros para crianças, segue a relação dos livros que integram a lista dos 30 Melhores Livros Infantis do Ano da revista “Crescer” (junho de 2015):

11.    Pequena Coisa Gigantesca. Texto e ilustração de Beatrice Alemagna. Ed. WMF Martins Fontes.
22.    O Gato. Texto de Bartolomeu Campos de Queirós. Il Anelise Zimmermann. Ed. Paulinas.
33.    Uma Pergunta tão Delicada. Texto de Leenvan der Berg. Il. Kaatje Vermeire. Ed. Pulo do Gato.
44.    A Raiva. Texto de Blandina Franco. Il. José Carlos Lollo. Ed. Pequena Zahar.
55.  A Árvore das Lembranças.  Texto de Britta Teckentrup. Ed. Rovelle.
66.  O Leão e o Pássaro. Texto e ilustrações de Marianne Duboc. Ed. Positivo.
77.    Pedro Carteiro. Texto e ilustrações de Beatrix Potter. Ed. Companhia das Letrinhas.
88. Vamos ajudar o Gildo. Texto e ilustrações de Silvana Rando. Ed. Brinque-Book.
99.    Joana no Trem. Texto e ilustrações de Katrin Scharer. Ed. Brinque-Book.
110. O Livro com um Buraco. Texto e ilustrações de Hervé Tullet. Ed. Cosac Naify.
111. Gorila. Texto de ilustrações de Anthony Browne. Ed. Pequena Zahar.
112. Hoje. Texto e ilustrações de Eva Montanari. Ed. Jujuba.
113. Eu Queria Ter... Texto de Giovanna Zoboli. Il. de Simona Mulazzani. Ed. WMF Martins Fontes.
114. Pocotó. Texto e ilustrações de Silvana Rando. Ed. Compor.
115. Zan. Texto e ilustrações de Jean-Claude R. Alphen. Ed. Manati.
116. Orie. Texto e ilustrações de Lúcia Hiratsuka. Ed. Pequena Zahar – Troféu Monteiro Lobato.
117. A Caminho de Casa. Texto de Sílvia Corrêa Il. Cárcamo. Ed. Edições de Janeiro.
118. Mel na boca. Texto e ilustrações de André Neves. Ed. Cortez.
119. O Nascimento de Celestine. Texto e ilustrações de Gabrielle Vincent. Ed. 34.
220. Vozes no Parque. Texto e ilustrações de Anthony Browne. Ed. Pequeno Zahar.  
221. Olhe para Mim. Texto de Ed Franck . Il. de Kris Nauwelaerts. Ed. Pulo do Gato.
222. O Livro Errado. Texto e ilustrações de Nick Bland. Ed. Brinque-Book.
223. Fases da Lua e Outros Segredos. Texto e ilustrações de Marilda Castanha. Ed. Peirópolis.
224.  Max, o Corajoso. Texto e ilustrações de Ed Vere. Ed. Companhia das Letrinhas.
225. O Bicho Alfabeto. Texto de Paulo Leminski. Il. Ziraldo. Ed. Companhia das Letrinhas.
226. Rimas de Lá e de Cá. Textos de José Jorge Letria e José Santos. Il. Yara Kono. Ed. Peirópolis.
227. Bebés Brasileirinhos. Texto de Lalau. Il. de Laurabeatriz. Ed. Cosac Naify.
228. Na Terra do Nunca Jamais. Texto de Linda Rode . Il. Fiona Modie. Ed. Martins Fontes.
229. Reinações de Narizinho. Textos de Monteiro Lobato. Il. Jean Gabriel Villin e J. Campos. Ed. Globo
330. Uma Festa de Cores. Texto de Ronaldo Fraga. Il. Anna Göbel. Ed. Autêntica.

Nota: Nas páginas 86 e 87, da revista “Crescer”, encontra-se uma matéria sobre Lúcia Hiratsuka (dados biográficos, fonte de criação e as obras mais recentes da autora).
Na página 88, aparece a lista com o nome de todos os jurados desse processo seletivo. É com muito prazer que integramos essa lista.

( Texto publicado no jornal “Contraponto”. Paraíba, 19 a 25 de junho de 2015. Caderno “Variedades”. Coluna: “Livros&Literatura”, p. B-2.





quarta-feira, 3 de junho de 2015








‘”O bicho alfabeto”: poesia em tom maior
(Neide Medeiros Santos – Leitora votante FNLIJ/PB)

            quem me dera
            um mapa de tesouro
            que me leve a um velho baú
            cheio de mapas do tesouro.
            (Paulo Leminski. O bicho alfabeto).  

“O bicho alfabeto”, livro de Paulo Leminski, com ilustrações de Ziraldo, ganhou o Prêmio de Melhor Livro de Poesia em 2015, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.

O título pode levar o leitor a pensar que se trata de mais um livro sobre as letras do alfabeto. Ledo engano. Leminski, como bem diz Arnaldo Antunes, na apresentação do livro – “brinca com as palavras, com os sentidos e formas das palavras.”

A escolha de Ziraldo para ilustrar esse livro foi muito feliz. Como Leminski, Ziraldo é um eterno “menino maluquinho”, e captou muito bem os sentidos da palavra poética, externando-os através de desenhos e traços originais.

Na primeira página, o bicho alfabeto parece um gato, todo formado de letras, mas na página seguinte tudo muda – uma espécie de Dom Quixote montado em um cavalo parece voar ao sabor do vento. O poema que segue faz alusão às vinte e três letras do alfabeto e ao “cavaleiro da triste figura”.

o bicho alfabeto
tem vinte e três letras
ou quase 

por onde ele passa
nascem palavras
e frases

com frases
 se fazem asas
palavras
o vento leve

o bicho alfabeto
passa
fica o que não se escreve (p.10-11)

E quando as coisas estão pretas, “uma chuva de estrelas/deixa no papel /esta poça de letras” (p.13). Do lado esquerdo aparece uma página toda preta, na página do lado direito, várias letrinhas parecem formar o céu e o chão não está salpicado de letras, mas de estrelas, como na canção de Orestes Barbosa “... a lua furando nosso zinco/ salpicava de estrelas nosso chão”.

E o que acontece quando uma estrela cadente, ainda quente, cai na palma da mão? Perfura a mão e cai no chão.

Para o pequeno poema – “tudo claro/ ainda não era o dia/ era apenas o raio” (p.40-41) uma ilustração bem simples, porém significativa – duas páginas de um amarelo intenso, da cor dos girassóis de Van Gogh.

O poema “A hora do tigre” traz a ilustração de um tigre mal humorado em cima de um globo ou uma bola e vêm os versos condizentes com a ilustração: “um tigre/ quando se entigra/ não é flor que se cheire/ não é tigre/ que se queira/ ser tigre/dura a vida inteira.” (p. 51).
 O jogo de palavras usado por Leminski nos lembra a parlenda e travalínguas do tigre: “três tigres tristes/para três pratos de trigo/três pratos de trigo/para três tigres tristes”.  Texto e ilustração não apresentam tigre triste, é um tigre desconfiado, comolhar matreiro, esperando que surja uma oportunidade para agarrar a presa.

Um pouco sobre este livro. Os poemas de “O bicho alfabeto” foram selecionados a partir de “Toda poesia” e compreende haicais, alguns poemas concretos, trava línguas, parlendas. Ziraldo, com seu jeito brincalhão, colaborou com desenhos jocosos e criativos. O livro é uma homenagem aos 70 anos de Leminski.  

            NOTAS LITERÁRIAS E CULTURAIS

                   HERMANO JOSÉ

A melhor maneira de homenagear um poeta, um escritor, um pintor que se transformou em estrela no céu é divulgar a sua obra. Assim, em homenagem ao pintor, gravurista, poeta e ambientalista Hermano José segue um excerto de um dos seus belos poemas:

Duas vezes não se faz

Não se faz o mundo duas vezes:
Duas vezes a Lua
Duas vezes o Mar.

Não se faze duas vezes:
A inclinação do Cruzeiro do Sul,
A rotação diversa dos astros
A luz solar riscando madrugadas,
Crepúsculos incendiados
Para o sono dos pássaros.
[...]
Hermano José. Duas vezes não se faz.

REVISTA GENIUS


Um número especial da revista Genius (maio de 2015) foi dedicado a Epitácio Pessoa. Este ano, no dia 23 de maio, completou 150 anos de nascimento do jurista paraibano que ocupou os mais altos cargos na justiça brasileira: foi Ministro do Supremo Tribunal, Procurador da República, Juiz da Corte de Haia. Na política: Ministro da Justiça no governo de Campos Sales, Deputado e Senador pela Paraíba e Presidente da República. Todas essas facetas foram apresentadas pelos articulistas. O diretor da revista, Dr. Flávio Sátiro Fernandes, selecionou artigos antigos e atuais sobre Epitácio Pessoa e depoimentos de conterrâneos e contemporâneos do jurista.  A leitura desses textos é um atestado do grande valor de Epitácio Pessoa.

( Publicado no jornal "Contraponto". Paraíba, 29 de maio a 4 de junho de 2015)
“Carmen: a grande Pequena Notável” – prêmio duplo
(Neide Medeiros Santos – Leitora votante FNLIJ/PB)

            Taí, eu fiz tudo pra você gostar de mim
            Oh, meu bem, não faça assim comigo, não
            Você tem, você tem que me dar seu coração...
            (Joubert de Carvalho)

            A pesquisa biográfica, com o objetivo de publicar livros para o público infantojuvenil, tem proporcionado informações sobre artistas e escritores desconhecidos do público mais jovem. Na Paraíba, a editora Patmos tem procurado trazer a história e a vida dos grandes vultos paraibanos através dos quadrinhos. No Rio de Janeiro, as Edições de Janeiro persegue a linha das biografias, publicando livros sobre pessoas que marcaram a cena artística e literária de uma época.

            É dentro desse novo matiz literário-biográfico que surgiu o bonito livro – “Carmen: a grande Pequena Notável” (Edições de Janeiro, 2014), das escritoras Heloísa Seixas e Júlia Romeu e que contou com bonitas ilustrações de Graça Lima. Este livro recebeu em 2015 dois prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – Melhor Livro Informativo e Melhor Projeto Editorial.

            O projeto gráfico e a capa são da designer e ilustradora Raquel Matsushita. Ela ilustrou o livro “Alfabeto Escalafobético”, de Cláudio Fragata, vencedor do Jabuti 2014 na categoria Didático/Paradidático. Estamos, portanto, diante de um time experiente de escritoras e ilustradoras. 

            A biografia de Carmen Miranda para o público infantojuvenil veio acrescida de informações sobre a Era do Rádio, os primeiros discos lançados no Brasil e o uso do salto plataforma, uma criação da cantora para aumentar a sua altura, ela tinha só 1,52.  

            A história de Carmen Miranda começa com a vinda da família para o Brasil. O ano era 1909, início do século XX. Os pais eram portugueses e saíram de sua terra para tentar uma nova vida.  A infância, adolescência e juventude foi toda passada no Rio de Janeiro. Dos seis aos 16 anos, Carmen morou no boêmio bairro da Lapa.  

O nome completo de Carmen era Maria do Carmo Miranda Cunha, o pai era barbeiro e a mãe lavadeira.  Aqui, no Brasil, nasceram outros filhos do casal – no final, eram quatro meninas e dois meninos. Para ajudar a família, a mãe, além de lavar roupas, começou a fornecer refeições para as pessoas que trabalhavam nas redondezas. E a menina Maria do Carmo crescia, ajudava a mãe nos afazeres domésticos e cantava nos corais da escola. Era alegre e estava sempre cantarolando.

   Aos 14 anos, teve que deixar os estudos para trabalhar.  O primeiro emprego foi em um ateliê de costura, depois trabalhou em uma fábrica de chapéus e juntou duas coisas que gostava de fazer – costurar e cantar.

A voz agradável da mocinha chamou a atenção de um dos fregueses da pensão da mãe de Carmen, ele organizava shows no Rio de Janeiro, era a época dos cassinos e do apogeu do rádio. O pensionista fez o convite para a moça se apresentar a um empresário da noite. O convite foi aceito e Carmen (nome artístico adotado por Maria do Carmo) começou a despontar no cenário musical do Rio de Janeiro.

Um dos episódios mais interessantes deste livro é sobre a origem da música “Taí”, de Joubert de Carvalho, cantada por Carmen Miranda.   O compositor entrou numa loja e ouviu um disco com a voz de Carmen, ficou impressionado, parecia que ela estava dentro da vitrola. Nesse momento, apareceu uma mulher na porta da loja, era a própria Carmen e o vendedor apontou para ela dizendo: “Taí a nova cantora!”. Joubert saiu da loja com aquela palavrinha na cabeça – “Taí” e compôs uma música para o Carnaval que fez o maior sucesso.

A música “O que é que a baiana tem” surgiu em um filme brasileiro de 1938, “Banana da terra”. Nesse filme, Carmen canta a música criada por Dorival Caymmi e se valeu da indumentária de baiana que iria usar em muitos outros musicais no Brasil e nos Estados Unidos.

 Com o tempo, ela se tornou não só a rainha do rádio, mas uma das cantoras mais bem pagas nos cassinos cariocas. O Cassino da Urca era muito luxuoso e serviu de palco para as apresentações da “pequena notável”. Seu modo de vestir e de cantar atraiu a atenção dos empresários americanos e veio a proposta para cantar nos Estados Unidos, na Broadway, e participar de filmes. O desejo de brilhar lá fora a atraiu e lá se foi a “pequena” para as terras de Tio Sam, difundindo a alegria da música brasileira com graça e brejeirice.      
 Para escrever esse livro, as autoras e as ilustradoras fizeram inúmeras pesquisas: leram o livro de Ruy Castro – “Carmen – Uma Biografia”, examinaram revistas, jornais e as ilustrações que apareciam nas revistas da época áurea dos cassinos e dos programas de rádio no Rio de Janeiro, consultaram revistas de moda e a indumentária dos anos 1920 e 1930 e o resultado foi um livro de leitura agradável, um projeto editorial primoroso e ilustrações originais que transportam o leitor para os anos 20 e 30 do século XX.  

            NOTAS LITERÁRIAS

Segue-se a relação dos livros premiados pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil com a categoria de cada livro, título do livro, nome dos autores e da editora.  Tudo isso para facilitar a aquisição desses livros. Alguns dos livros premiados já foram comentados em nossa coluna e relembramos “Orie”, “Os três ratos de Chantilly”, “Como uma carta de amor”. A partir desta semana, sempre que possível, iremos apresentar alguns desses livros premiados e lembramos que livros que recebem prêmio da FNLIJ concorrem e, muitas vezes, conseguem o Prêmio Jabuti.

PRÊMIO FNLIJ 2015 – PRODUÇÃO 2014

Criança: Orie. Lúcia Hiratsuka. Ed. Pequena Zahar
Jovem Hors-Concours: Como uma carta de amor. Marina Colasanti. Global.
Jovem: Desequilibristas. Manu Maltez. Peirópolis
Informativo: Carmen: a Grande Pequena Notável. Heloísa Seixas e Julia Romeu. Il. Graça Lima. Edições de Janeiro.
Poesia: O bicho alfabeto. Paulo Leminski. Il. Ziraldo. Companhia das Letrinhas.
Livro Brinquedo. O livro com um buraco. Hervé Tuilet. Cosac Naify.
Teatro: Mania de explicação: peça em seis atos, um prólogo e um epílogo. Adriana Falcão e Luiz Estelita Lins. Salamandra.
Teórico: Ofício da palavra. Org. José Eduardo Gonçalves. Autêntica
Reconto: Minimaginário de Andersen. Apresentação de Katia Canton. Il. Salmo Dansa. Companhia das Letrinhas.
Literatura em Língua Portuguesa: A menina do mar. Sophia de Melo Andresen. Cosac Naify
Trad/Adapt/Criança: 4 Contos. E.E. Cummings. Il. Guazelli. Cosac Naify.
Trad/Adapt/Informativo: Todo dia é dia de Malala. Melhoramentos.
Trad/Adapt/Jovem: Stefano. Maria Teresa Andruetto. Global
Trad/Adapt/Reconto: Por que o Mar é salgado: contos populares da Noruega. Asbjomsen&Moe. Il. Cárcamo. Berlendis Vertecchia.
Melhor Ilustração: Os três ratos de Chantilly. Alexandre Camanho. Pulo do Gato.

Melhor Projeto Editorial: Carmen: a Grande Pequena Notável. Heloísa Seixas e Júlia Romeu. Il. Graça Lima. Edições de Janeiro.